segunda-feira, 8 de julho de 2013
A sociedade que habita dentro do que somos
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Tradição e Contradição
sábado, 21 de julho de 2012
O cumprimento das minhas promessas depende das suas, preciso antes reaver meus pensamentos e concluir se quero estar assim ou se quero facilitar a abertura de outras portas. Sinto falta do tempo em que eu sabia o que queria saber e fazia o que era preciso fazer. Hoje só tenho uma certeza, quero estar perto de você, mesmo que em pensamento.
O medo vem da chuva e todas as vezes que vc me fala coisas bonitas tenho vontade de chover pelo mundo. O escuro da rua me faz querer você e o som na cabeça reflete tudo o que já escrevemos na nossa história. Passo minutos quieta, olhando ao redor tentando fechar todas as paredes e prender você em mim, mas não por preocupação de perdê-lo (pois a vitória da vida é não pensar no fracasso), e sim pelo gostinho bom que é ter teu corpo colado no meu.
O problema é que mudo muito fácil de opinião, e quando tenho realmente certeza de alguma coisa, algo ruim acontece. E quando tenho realmente um motivo pra magoar alguém não tem estribos que me faça deter. Mas manter o coração e a mente abertos e diminuir o tom de voz ao falar contigo sempre foi fácil pra mim, e não vejo como, muito menos porque magoar você! Seria como cessar o fluxo de coisas boas que flui bem em um e mais abraços.
Quero que o dia amanheça feliz apesar das criticas e dúvidas, quero ver seus olhos nos meus pra me sentir bem.
21/07/2012
sábado, 23 de junho de 2012
Força de chegada, ponto de partida.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Passeio 1 - Desatino
Os dias se atropelam numa velocidade sem limite, e toda vez que entro em uma rodovia não sei se estou em seu começo ou em seu término. Passo horas do meu dia tentando encontrar um motivo para minhas atitudes e como muitas vezes essa tentativa é nula passo a não ter atitudes para não ficar pensando nelas. A verdade é que estou feliz com o meu passeio, mas há sempre uma brecha para reclamações, não é mesmo?
As recomendações são claras e objetivas: não fale, não durma, não chore e não opine; É o que está gravado pelas instituições que decoram a cidade, os que mandam alegam que a melhor maneira de lutar é o silencio, e isso é uma grande mentira, a palavra é a roda dos carros sem freios e em alta velocidade... É ela quem decide se estaciona ou caminha. Talvez um dia todos tenha ideia do que fazer depois de abrir a boca, as pessoas de hoje não sabem se comem ou falam ou fazem as duas coisas ao mesmo tempo; E quando falam são inofensivos ou encabulados.
Mas um ano está por se findar e eu pouco entendo as consequências disso, pouco consigo contar o que fiz de inédito e esplêndido. Existem certos números em minha cabeça que calculo e não encontro soma alguma. O que acontece na verdade é que todos os meses ou bimestre nossas vidas mudam totalmente e nós, na passeata interminável dos dias difusos, não percebemos essas mudança, e continuamos a viver entre gracejos e lamentos.
Alguns animaizinhos caminham na parede do meu quarto, são insistentes e numerosos que não se importam com o calor e com a limpeza. Caminham de um lado a outro buscando também uma rodovia certa sem inicio e sem fim. Sei bem que o que eles querem se aproxima do desejo do homem, e mesmo assim nós, humanos, repudiamos qualquer filo distante do nosso. Hipocrisia, muito traduz essa palavra, vou reproduzi-la a todos que encontrar pelas ruas, quem sabe assim os poucos se assumem em muitos.
Mayara Cristina Pereira, 10 de novembro de 2011.
domingo, 28 de agosto de 2011
Crônica 1
Consumi todo o oxigênio daquela tarde e toda a tristeza daqueles dias. Estava com a casa vazia, a qual exalava um cheiro envelhecido com os papéis de parede virando retalhos que se repuxam e se empurram na companhia da parede. Não estava tranqüila, desenhei pequenos cubos na beirada do jornal enquanto o lia, o que demonstrava a inquietude e a preocupação. A noite havia me avisado dos temores e por isso estava preparada.
O sol nasceu claro aquele dia, jogava seus raios feito lanças e desconsiderava qualquer tipo de comoção, estava bravo e prometeu-me, com um olhar, que me incomodaria o dia todo. Soube na hora que já conhecia este sol, era o mesmo que acordou no dia em que fiz meu último aniversário; e tratando de incômodo não pude deixar de lembrar do bolo de creme Assis que minha tia preparou para meu dia de festa. Nem de longe esse era meu bolo preferido, na verdade não gostava muito de bolos. Por isso quis esquecer o assunto e me concentrei na paisagem.
Naquela manhã entendi o aviso do sol, me dizia para voltar e proclamava os meus atos de derrota sem qualquer pudor. Brilhava o mais alto possível, forte, corajoso e desprovido de pena por aqueles que gostam de viver no escuro. Eu não me dou bem com a escuridão, mas tive que aprender a me posicionar nela, tarefa difícil. Queria no momento combater o sol, ele embaralhava meus sentidos e embravecia minha mente, não sei ao certo o porquê, mas ele não gostava de mim.
Sentei-me na mureta da varanda e a grama molhada tocava as pontas de meus pés, no início repudiei aquela sensação e cheiro de terra úmida, talvez em decorrência dos dias que me conscientizei plantada feito mandioca no solo; Um pouco depois resolvi sentar no jardim onde a grama circundava meu corpo pálido e naquele momento senti poder, como se a terra fosse parte e propriedade minha, e não deixava de ser. Estive confusa e até armei um choro descontrolado, mas me contive.
Por mais que o sol me aqueça insistentemente, a angústia não deixa de aparecer. Na verdade ela já é ponto concreto da minha existência.
Mayara Cristina Pereira,
25/abril/2011