O sono vem e vai, na loucura que
é pensar em alguém ou em alguma coisa. Sei bem que os passos e caminhos quando
mal medidos são sinônimos de falha e destruição, posso não ser inteiramente
correta e ciente de minhas ações, mas acredito que não atravesso as margens
perigosas que circundam meu papel aqui no mundo.
Para cada piso colocado em casa é
um litro a mais de saudades que se concentra no meu ser. Não sei bem de que ou
de quem sentir saudade. Mas tem hora que o vazio das ruas vazias se torna cheio
dentro de mim. A vida era diferente quando eu tinha aquilo que permanece em mim,
mas não está mais comigo.
O sol só brilha nas manhãs
felizes, na verdade ele quase sempre brilha, mas eu pouco noto. Estou
preocupada em viver fechada e sem assuntos e não sei o que me impede de viver
assim. Decoro e respiro o ar da minha casa, que não é igual a lugar algum.
Preciso encontrar um motivo melhor para escrever, na verdade, um motivo melhor
pra escrever meu caminho.
Estou feliz por estar perto de
conquistar algo que muito almejo, mas ao mesmo tempo, me desconsolo em saber que
não tenho mais a base e a pessoa certa para dividir tudo isso. Fortemente aperto os olhos, guardando seco o
choro intenso. A frase que me deixa feliz está contida no livro todo que me
entristece. Calo o coração e durmo.