sábado, 23 de junho de 2012

Força de chegada, ponto de partida.



O sono vem e vai, na loucura que é pensar em alguém ou em alguma coisa. Sei bem que os passos e caminhos quando mal medidos são sinônimos de falha e destruição, posso não ser inteiramente correta e ciente de minhas ações, mas acredito que não atravesso as margens perigosas que circundam meu papel aqui no mundo.
Para cada piso colocado em casa é um litro a mais de saudades que se concentra no meu ser. Não sei bem de que ou de quem sentir saudade. Mas tem hora que o vazio das ruas vazias se torna cheio dentro de mim. A vida era diferente quando eu tinha aquilo que permanece em mim, mas não está mais comigo.
O sol só brilha nas manhãs felizes, na verdade ele quase sempre brilha, mas eu pouco noto. Estou preocupada em viver fechada e sem assuntos e não sei o que me impede de viver assim. Decoro e respiro o ar da minha casa, que não é igual a lugar algum. Preciso encontrar um motivo melhor para escrever, na verdade, um motivo melhor pra escrever meu caminho.
Estou feliz por estar perto de conquistar algo que muito almejo, mas ao mesmo tempo, me desconsolo em saber que não tenho mais a base e a pessoa certa para dividir tudo isso.  Fortemente aperto os olhos, guardando seco o choro intenso. A frase que me deixa feliz está contida no livro todo que me entristece. Calo o coração e durmo.